Educação Escolar de Pessoas com Surdez
Atendimento Educacional Especializado em
Construção
Estudos realizados na última década do século XX e início do século XXI, por
diversos autores e pesquisadores oferecem contribuições à educação escolar das
pessoas com surdez, estabelecendo-se um embate político epistemológico entre os
gestualistas e oralistas. Continuar neste embate epistemológico, é manter na
exclusão escolar às pessoas com surdez. O
que pretende-se aqui, é romper com o embate gestualistas e oralistas, pois
ele prejudica o desenvolvimento dessas pessoas quando tende a priorizar apenas a questão da língua
em si. Mais que a utilização de uma língua, os alunos com surdez precisam de
ambientes estimuladores, que desafiem o pensamento, explorem suas capacidades
em todos os sentidos.
As ações do Ministério da Educação e Cultura (MEC) têm enfocado o uso do
bilingüismo como uma tendência nacional, apesar das dificuldades encontradas na
prática pelos educadores. Esta abordagem, tem como objetivo o desenvolvimento
cognitivo lingüístico que o aluno surdo possa ter, tornando-os capazes,
produtivos e constituídos de várias linguagens. As crianças surdas têm direito
a uma educação bilíngue, isto é, aprender a Libras e a Língua Portuguesa,
preferencialmente na modalidade escrita, constituindo línguas de comunicação e
instrução, para assim desenvolver plenamente as suas capacidades cognitivas,
facilitar sua comunicação com surdos e ouvintes e atuar como membro do mundo
surdo e do mundo ouvinte. No entanto, o problema e o fracasso na educação das pessoas com surdez não pode
continuar sendo centrado nessa ou naquela língua, mas devemos compreender a
qualidade e a eficiência das práticas pedagógicas aplicada.
Não basta garantir às pessoas com surdez, a acessibilidade à escola, mas
também sua permanência com sucesso. Portanto, faz-se necessário refletir que
mudanças no sistema educacional são importantes para o acesso e permanência satisfatória
dos surdos na escola.
Neste contexto, a Educação Especial, na perspectiva inclusiva, com o
serviço complementar do Atendimento Educacional Especializado na escola/classe
comum, oferece novas possibilidades para as pessoas com surdez, visando o pleno
desenvolvimento e aprendizagem por meio de Libras e da Língua Portuguesa
escrita. Esse atendimento disponibiliza serviços e recursos e tem como função organizar o trabalho
complementar para a classe comum, com vistas à autonomia e à independência
social, afetiva, cognitiva e lingüística da pessoa com surdez na escola e fora
dela.
O AEE em Libras ocorre
diariamente, em horário contrário ao das aulas, na sala de aula comum, onde o
professor do AEE trabalha com os conteúdos curriculares, articuladamente com o
professor da sala de aula.
O respeito e o oferecimento do
atendimento educacional especializado para pessoa com surdez é direito do aluno
com surdez e como tal não deve ser questionado, pois é a aceitação de sua diferença
que assegurará a sua aprendizagem.
AEE para a Língua Portuguesa. |
AEE de Libras. |
AEE em Libras. |
Referências :
DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo, FERREIRA, Josimário de Paulo. Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção. Texto publicado na revista Inclusão do Ministério da Educação, jan/jul 2010.
DAMÁZIO, Mirlene Ferreira Macedo, FERREIRA, Josimário de Paulo. Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção. Texto publicado na revista Inclusão do Ministério da Educação, jan/jul 2010.
Luciene
Maria Rios Silveira Araújo – 09 de março de 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário